Observação: As palavras anjo e demônio são usadas nessa poesia meramente como uma linguagem poética, como tal, com
sentidos conotativos, não confundir, por favor, o poeta com os termos
utilizados. Grato, abraços para quem é de abraços e beijos para quem é de
beijos...
Sou portador de algo paradoxal,
Vou expressar isso de maneira bem
natural,
Tenho dentro de mim, algo anônimo,
Intrinsecamente no meu ser, um anjo e
um demônio.
Simultaneamente os carrego para onde
quer que vou,
Gosto de cada um em seus respectivos
momentos, você já notou?
Os dois, tanto um e como o outro,
Em que tenho extrema afeição, sendo que
nenhum é neutro.
Anjo que te traz calmaria e sossego,
Demônio que te deixa em desvarios,
Fazendo te chupar todinha como um
morcego,
Em noites quentes de mistérios sóbrios.
Anjo que te seduz,
Demônio que em ti se introduz,
Anjo que te alenta,
Demônio que te possui e te esquenta.
Anjo que dar a paz ao teu coração,
Demônio que te deixa em êxtase e
extrema excitação,
Anjo faceiro,
Demônio encrenqueiro.
Anjo que te acaricia,
Demônio que prazer inefável te
propicia,
Anjo que te enlaça com um simples
abraço,
Demônio que te devora enquanto está em
teu regaço.
Anjo que elogia a tua pureza,
Demônio que adora a tua safadeza,
Anjos que em teus ouvidos diz amor,
Demônio que para ti sussurras palavras
sem nenhum pudor.
Anjo que muito te ama,
Demônio que apenas te possui em cima de
uma cama,
Anjo que muito te agrada,
Demônio que pelo gozo te deixa
revigorada.
Enfim, nesse meu dilema,
Pergunto-te anjo mulher, sobre o meu
problema:
Qual de minhas partes prefere: anjo ou demônio?
E você apenas me diz: “Os dois, não
quero causar um pandemônio...!!!
Lenilson
Fonsêca - O Poeta Arqueiro Da Madrugada - De minha autoria